Entrevista com Robertha Triches e Pedro Krause

Por: Equipe Craque da Leitura
Os autores contam como foi a experiência de criar histórias infantis que desenvolvem a fluência da leitura inspiradas na coleção “As cidades têm história”.

 

Robertha Triches e Pedro Krause são historiadores, pesquisadores e professores. A experiência em sala de aula foi bem aproveitada ao escreveram juntos os livros que integram o tema “As cidades têm história”, da Coleção Leituras História. Os títulos recebidos pelos nossos craques mostram a importância de saber mais sobre o lugar onde vivem.

 

Nesta entrevista, eles contam como fizeram para despertar o interesse da leitura nas crianças ao escreverem sobre aspectos que elas lidam constantemente na escola e em casa, visando a compreensão e a fluência de leitura.

 

Craque da Leitura – Como foi o processo criativo para criar os textos dos livros da Coleção “As cidades têm história”?

 

Robertha Triches e Pedro Krause – Partimos de temas e assuntos propostos pela editora que seguia uma ordem cronológica do processo de formação e organização das cidades. A partir daí, pensamos em questões que nos inquietavam, levando em conta a experiência que temos com alunos do Ensino Fundamental e os recentes debates dentro do campo da História. Então, saíram os livros, que estão historiograficamente atualizados e seguem as orientações e normas da legislação educacional brasileira. A experiência foi bastante interessante e desafiadora, pois foi necessário tratar de fatos e processos históricos muito importantes, a partir de uma abordagem que envolvesse as crianças e, de certa forma, as encantasse, utilizando para isso uma linguagem que fosse facilmente compreendida por elas.

 

CDL – Cada livro tem sua própria ilustração e narrativa que acompanham o nível da leitura da criança. Como se deu o diálogo entre o texto criado por vocês e a arte dos ilustradores?

 

RT e PK – Nos livros infantis, imagens e textos caminham juntos na comunicação da mensagem. Tivemos liberdade de sugerir ilustrações e elementos pictóricos que facilitassem o processo de leitura e compreensão do texto, da mesma forma que recebemos indicações de como as imagens ajudavam a contar a história que fazíamos. Aliás, houve trocas entre todas as partes envolvidas no processo de criação – o instituto, os editores, os autores, os produtores, os ilustradores e os revisores, etc. A coleção deve ser pensada como um todo; as imagens não ilustram o texto, elas também são a própria história.

 

CDL – O que os pais e os nossos craques podem esperar da Coleção “As cidades têm história”? Qual a proposta?

 

RT e PK – As coleções de História além de contribuírem para a formação de crianças leitoras, através do uso de uma linguagem clara e atraente, tanto na parte textual quanto nas ilustrações, traz algumas questões e temáticas que são fundamentais no processo de formação de cidadãos e de exercício da cidadania. Especificamente sobre “As cidades têm história”, os leitores poderão ver como que, ao longo do tempo, se deu a relação entre as pessoas e as cidades: como elas surgiram, foram ocupadas e disputadas entre os diversos indivíduos; e como os diferentes povos deixaram nelas as suas marcas.

 

CDL – Como vocês se tornaram escritores de livros infantis? Quais elementos que um texto tem que ter para despertar interesse nas crianças?

 

RT e PK – Foi com felicidade que recebemos o convite da editora. Temos uma longa trajetória como professores da educação básica, atuando no setor público e no privado, e vimos na produção das coleções uma grande oportunidade profissional. Sentimos na nossa prática cotidiana a dificuldade de trabalhar com determinados temas e conceitos; e de encontrar materiais que auxiliem no processo de ensino. Partindo dessa premissa, pensamos em como as coleções, incluindo “As cidades têm história”, poderiam ser uma ferramenta para docentes e responsáveis, nessa árdua e maravilhosa tarefa da formação dos jovens leitores.

 

Para despertar o interesse nas crianças, o maior desafio na área de História é apresentar alguns conceitos históricos fundamentais que nem sempre são de fácil compreensão. Por isso, é importante fazer comparações, analogias através de elementos que sejam do universo próprio da criança e que facilitem a leitura. Outro desafio é abordar processos históricos que são bastante complexos de forma resumida, utilizando uma linguagem que seja compatível com a faixa etária da criança e que estimule a atenção e a curiosidade dela.

 

 

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